Amigos, é com grande satisfação que compartilhamos com
todos as fotos do Opala Comodoro Coupé Azul ano 1998 do amigo, colecionador e
membro do Clube Marcelo Bocchi que nos representou no O 18º Encontro Paulista
de Autos Antigos, que movimentou a cidade de Águas de Lindoia durante o feriado
de maio, reunindo apaixonados por carros clássicos. O evento, que começou na
quinta-feira (30) e encerrou no domingo (2), superou as expectativas com 700 antigos
inscritos para exposição, entre eles um representante do Opala Clube ABC.
Este modelo de opala foi os últimos coupés a serem
produzidos, pois após este ano somente foram produzidos opalas 4 portas, até o
ano de 1992, onde infelizmente finalizou-se a produção deste mito.
Este Opala é um modelo Comodoro completo, ar condicionado,
direção hidráulica, antena, vidros e travas elétricas com motor 4.1/S – o carro
é totalmente original, com todos os manuais e documentos desde zero, além de
selos e adesivos mantidos...E teve uma matéria publicada na revista 4 Rodas do
ano passado, conforme informações abaixo.
Agradecemos o nosso amigo e sócio Marcelo Bocchi pelo
carro e por ter nos representado neste mega encontro de antigos e esperamos que
no próximo ano possamos colocar outros Opalas do clube por lá, para fazer
compania a este!!!
Simplesmente, sensacional... abaixo mais algumas fotos dos opalas que estavam no evento!
Complementando a nossa publicação, segue abaixo a matéria publicada na revista 4 Rodas sobre o Opala do nosso amigo Bocchi.
Velho conhecido do brasileiro, o Opala sofreu uma
revitalização em 1980 que lhe permitiu atravessar a década com o título de
maior e mais sofisticado automóvel brasileiro. Entre suas versões destacava-se
o Comodoro, que perdera o status de topo de linha para o Diplomata no ano anterior,
mas ainda mantinha a aura de luxo e requinte. As mudanças começavam por uma
atualização do design: linhas retilíneas em capô e porta-malas, com faróis,
piscas e lanternas traseiras retangulares e envolventes. A placa traseira
estava agora entre as lanternas e escondia o bocal de combustível (como no
Corcel II) e os para-choques ficavam mais robustos,
mesclando bordas cromadas e o centro em preto. Um friso de
borracha ornava e protegia a lateral.
Controversa, a reestilização não agradou a todos, mas o
comportamento dinâmico sim: bitolas mais largas e geometria de direção revista
tornavam ainda melhor a performance dos pneus radiais, agora de série. O
Comodoro evoluiu para uma dirigibilidade neutra e direção mais precisa. O
esmero no acabamento era superior ao dos Opala básicos, com carpete até no
porta-malas, mas o desenho do painel era o dos anos 60, em preto e marrom – não
havia mais a opção do vinho. Pintura metálica, direção hidráulica, câmbio de quatro
marchas e o retrovisor direito estavam entre os opcionais mais pedidos. O
painel redesenhado, todo em plástico, viria em 1981. Entre os avanços, hélice
do radiador com embreagem eletromagnética e válvula equalizadora no freio,
atenuando a tendência de travar a traseira. Em 1982, ganhou ignição eletrônica
e um tanque tão grande (84 litros) que invadia o porta-malas, agora de abertura
elétrica. Mas as alterações só evidenciavam o abismo que separava o Opala do
moderno Monza, lançado no mesmo ano. Era fácil notar a idade do projeto nos
engates duros e imprecisos do câmbio de cinco marchas, adotado em 1983 no
quatro-cilindros.
O sucesso do cupê estava na combinação de luxo e desempenho de um Diplomata. No meio da década o acabamento externo mudou, com
retrovisores maiores e maçanetas embutidas nas portas. As lanternas passavam a ter os piscas na cor âmbar
e os para-choques invadiam as laterais.O Comodoro resistia ao avanço da concorrência com preços
convidativos. Mas suas
largas colunas traseiras ainda comprometiam a visibilidade, fazendo com que o vidro térmico traseiro
fosse opcional quase obrigatório.
O canto do cisne do cupê foi em 1988, quando o Comodoro
herdou a sigla SL/E do Monza, que inspirou ainda o formato trapezoidal dos
faróis. Na traseira, uma cobertura plástica obrigava a placa a voltar à posição
tradicional. No interior, opcionais inéditos: coluna de direção ajustável, saídas
de ar na traseira e temporizadores dos vidros, faróis e luz interna. Eixo cardã
bipartido, barra estabilizadora dianteira mais grossa e amortecedores
pressurizados completavam a última atualização. É desse ano o Comodoro 4.1 do professor
Marcelo Bocchi, de São Bernardo do Campo (SP). “A experiência de dirigir o
último dos Comodoro cupê é surpreendente: esbanja maciez e conforto. O
desempenho do seis-cilindros nas retas é fantástico, especialmente em retomadas
e ultrapassagens.” O Opala foi fabricado por mais quatro anos, e só na versão
de quatro portas, como o carro favorito de órgãos governamentais e entusiastas
do modelo. Mas o cupê, desde sua apresentação em 1971, nunca mais deixou a
imaginação e os sonhos dos opaleiros.
Mais uma vez, o Opala Clube ABC parabeniza este carro e seu dono!!!
Opala Clube ABC